Etanol Hidratado

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Etanol hidratado (etanol comum)

Nos postos de combustível, o álcool hidratado é aquele vendido como etanol comum, ou apenas etanol. Esse é o mesmo tipo de álcool utilizado na produção de bebidas, alimentos, cosméticos, aromatizantes, produtos de limpeza, remédios, vacinas, entre outros produtos, mudando nesses casos o processo de pós-fabricação. No Brasil, ele é feito principalmente através da fermentação da cana-de-açúcar (processo em que as moléculas de açúcar da cana são transformadas, com a ação de fermento de leveduras, em álcool e gás carbônico), mas pode ser obtido também através de outros vegetais, como milho e beterraba, ou em processos químicos controlados em laboratório.

Para ser vendido, o álcool precisa cumprir uma série de pré-requisitos, chamados de especificações, estabelecidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Entre as especificações, consta que ele precisa ser límpido, transparente, isento de impurezas, com graduação alcóolica entre 95,1% e 96%, PH neutro, e com uma tolerância extremamente pequena de minerais e metais como ferro, sódio e cobre. Agentes comerciais que descumpram esses quesitos podem sofrer sanções administrativas ou pecuniárias (multa).

Até hoje, o Brasil é o único país que utiliza o etanol hidratado puro como combustível, o E100 (100% etanol, embora também haja água na mistura). O primeiro carro movido 100% a álcool foi lançado no país em julho de 1979: o Fiat 147. A maior mistura vista no exterior ocorre na Suécia, que utiliza em alguns ônibus o E95, com 5% de aditivos para melhorar ignição. Em carros de passeio, os Estados Unidos e alguns países da Europa usam o E85 em motores flex. Uma das dificuldades em consolidar o etanol hidratado no mercado internacional é o frio, pois o etanol perde sua capacidade de gerar combustível em temperaturas abaixo dos 13 °C.

Por ser produzido nacionalmente e ter baixo custo, o preço do etanol é sempre menor que o da gasolina. Nos períodos de entressafra da cana-de-açúcar, intervalo em que o produto não é colhido, o que acontece no verão e meses próximos, o etanol fica mais caro, pois a oferta do produto é menor. O álcool é mais viável economicamente quando seu preço é 30% mais barato em relação à gasolina.

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